quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sexto encontro....

Nosso 6º Encontro foi realizado no dia 26 de setembro na Escola Estadual Pe. Adauto Nicolau em Limoeiro-Pernambuco. Iniciamos com a música: "Gentileza" da cantora de MPB Marisa Monte. Oportunizei os alunos para que fizessem suas leituras da música, em seguida fiz uma dinâmica envolvendo os versos da música. Expliquei o real sentido da palavra "gentileza" que intitula a música. Trata-se de um profeta andarilho que andava pelas ruas do Rio de Janeiro escrevendo mensagens de gentileza nos viadutos. O que a motivou a escrever a música foi o fato de ela ter passado por um viaduto que continha uma de suas mensagens e o mesmo estava pichado. Isto foi bastante sintomático para ela, o que a levou a escrever a música. Alertei-os acerca do cumprimento das ações do programa Gestar e das atividades que deverão ser executadas com os alunos, bem como os estudos que devem ser feitos individualmente, uma vez que o programa é semipresencial. Retomamos os estudos do TP5 sobre os princípios de textualidade: coerência e coesão, para tornar nosso estudo mais figurativo, assistimos a um vídeo que traz uma sequência de ações, mas sem texto falado algum. Fizemos um aporte para os aspectos textuais relacionando-os ao filme. Como já havíamos iniciado o estudo do TP5 no encontro anterior, respondemos à parte: Ampliando nossas referências", página 166. Discutiu-se a possibilidade de haver textos sem coerência, mas com elos coesivos e se há, também a hipótese contrária. Socializamos todas as referências salientadas por Marcuschi e Ingedore Koch e consolidamos nossas discussões. Ao voltarmos do horário do almoço, expus uma apresentação sobre os provérbios materializados em gravuras em seu sentido literal para ser interpretados pelos falantes. Este trabalho enfoca a concepção de ensino funcionalista, uma vez que aborda os aspectos levados em consideração dos seus usuários no ato de fala. Percebemos que houve diferenças quanto ao modo de concepção de alguns ditados populares. Analisamos as relações lógicas com o texto, sua temporalidade, identidade, negação e implicação. Trabalhamos as atividades das páginas 191 e 192 do TP5.Finalizamos com as atividades propostas nas páginas 128 e 129 que trazem dois textos com coerência, mas sem elos coesivos. Dividi a turma em grupos e cada um deles ficou encarregado de dar mais densidade textual. Os textos foram: "Circuito Fechado", "A pesca" e "O Show". Cada equipe reproduziu em cartaz e socializou. Fizemos a avaliação, demos os avisos e encerramos.

Nosso 5 encontro

Realizamos o 5º Encontro do Gestar no dia 19 de setembro de 2009 na Escola Pe. Adauto Nicolau em Limoeiro-Pernambuco. Os cursistas expuseram suas experiências vivenciadas com as atividades do programa Gestar. Debruçamo-nos sobre a leitura deleite: Um texto sobre a infância na década de 80. A leitura deste, abriu um leque reflexivo acerca do novo perfil da geração que encontramos hoje, traçamos um estudo comparativo das questões pertinentes à educação e dos problemas relacionados. Um largo espaço foi dedicado às reflexões e questionamentos surgidos. Trouxemos a necessidade lançada pelo Guia Geral de formatarmos um projeto didático para ser vivenciado nas turmas do ensino fundamental por escola. Esclareci-os a respeito dos eixos de ensino de língua portuguesa, bem como as temáticas a serem contempladas na materialização do projeto. Reunimos em grupos por escola para elencar as problemáticas encontradas e qual delas receberia total atenção para que pudessem intervir. Após o intervalo para o almoço, o grande grupo se reuniu e socializamos os eixos e temáticas pretendidos. Houve vários questionamentos e levantamento de hipóteses quanto aos problemas surgidos.Grande parte deles centrava-se na questão da leitura e escrita, atividades que perpassam uma área em particular. Logo após, expus em slides dois projetos que eu vivenciei e os deleguei não como “modelo”, e sim como uma sugestão de trabalho. Um dos projetos trabalhou-se com a argumentatividade na charge e o outro, com a crítica social envolta nos diversos gêneros. Pormenorizei o trabalho subjacente àqueles projetos e como eles se estruturam. Os professores levantavam suas dúvidas à medida que eram apresentadas as propostas trabalhadas e assim foram avaliados. Finalizamos com o texto de Paulo Freire “A Canoa” que defende os vários saberes. Demos os avisos concernentes ao cumprimento das atividades do gestar e encerramos nossas atividades por este dia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quero ler seus relatórios, Suzana! bjs

domingo, 20 de setembro de 2009

Relatório do 2º dia do Gestar

Reiniciamos nossas atividades expondo as experiências que os professores desenvolveram com os alunos acerca dos tópicos abordados. Em seguida, assistimos a um vídeo: Bacharel em Direito e fizemos a análise do discurso que foi proferido de maneira bastante atípica para a situação comunicativa em vigor. Em tal contexto, exigia-se uma performance com tamanha formalidade e intelectualidade e o apresentado foi exatamente o oposto; uma pessoa totalmente despreparada para enfrentar aquilo que o título lhe exigia. Discutimos a qualidade decrescente de algumas instituições de ensino e a formação dos profissionais delas provenientes. Debatemos acerca do nosso papel neste quadro e a falta de conexão entre ensino/aprendizagem que persegue a educação brasileira. Para aquecer nossos debates, levei também um texto que mostra dois pontos de vista bem antagônicos: um de Caetano Veloso e outro de Bagno. Neste texto, Bagno mostra a importância da lingüística na sociedade e combate a excessiva atenção que Caetano Veloso dá à tecnicália de gramáticos como Pasquale. Os cursistas expuseram a visão que a sociedade possui do lingüista e conscientizamo-nos de que o valor atribuído a ele também deve partir de nós que temos a língua portuguesa como objeto de estudo.

Passamos para o estudo da coerência textual (TP5), inicialmente discutindo o que seria de fato, ou em que consiste a coerência textual. Trabalhamos os slides sobre a coerência textual e fixamos nosso olhar no texto: Circuito Fechado para compreendermos bem de que se trata a coerência na lingüística de texto. Trabalhamos uma atividade do TP5 que contempla esse aspecto de textualidade e socializamos.

À tarde continuamos as socializações da atividade do TP5/ Coerência. Saliento que, por questão de tempo insuficiente, lançamos os capítulos ímpares, geralmente, para serem estudados pelo professor em casa; portanto, o tópico “Estilística” ficou a cargo de cada cursista. Aproveitei e mostrei aos professores um projeto que vivenciei e apresentei no evento “abralin em cena” em maio deste ano no Espírito Santo. O projeto foi sobre a criticidade acoplada aos textos multimodais. Abordamos o aspecto “coerência” nos textos pesquisados pelos alunos. Adentramos no aspecto de coesão textual. Estudamos os slides que apresentam os recursos de coesão referencial e seqüencial. Levei uma atividade à parte retirada do livro do professor Antônio Carlos Xavier que trabalha a coesão referencial de forma humorística. Partimos para o texto do TP5 sobre coesão, simulamos tal atividade, no entanto, a socialização ficou para o próximo encontro em virtude do tempo. Dei os avisos de costume quanto às atividades que devem ser cumpridas, postadas e socializadas no próximo encontro.

Formadora: Rinalda Fernanda de Arruda – Limoeiro - Pernambuco

Relatório do nosso primeiro encontro

Iniciei a formação do Gestar a partir do 3º encontro para substituir uma formadora que não pode dar prosseguimento ao programa. Nosso primeiro encontro foi no dia 21 de agosto nos turnos diurno e vespertino. Na minha turma, participam professores de diversas cidades, tais quais: Bom Jardim, João Alfredo, Limoeiro, Orobó e Surubim. Matricularam-se 48 professores, mas apenas 29 presenciaram o encontro. De imediato, nos apresentamos e oportunizei cada professor para se colocar diante de suas atividades profissionais, suas áreas e especificidades. Expus todos os objetivos e procedimentos do Gestar, como por exemplo: a criação do blog e a execução das atividades propostas tanto dos AAAs, quanto dos TPs. Logo após, assistimos a um vídeo com uma peça teatral de: “Os Melhores do Mundo” que mostra questões pertinentes à língua, cujo bandido monitora constantemente o policial que o aborda no tocante aos “erros” gramaticais e estruturais que o mesmo comete. A cada “erro”, o bandido elimina uma pessoa. Ao saber que sua fala é constantemente monitorada, o policial tem dificuldades de se comunicar, ou seja, o purismo exigido travou a espontaneidade dos discursos. A partir de então, abrimos espaço para uma discussão acerca das concepções de língua que regem nosso trabalho. Os professores mostraram-se bastante seguros quanto à concepção de língua eleita para seu trabalho e a metodologia para tal. Como os temas abordados no TP4 foram Leitura e Escrita, comecei abordando o tema “Leitura” e como ela é processada em sala por cada professor ali presente. Eles expuseram seus métodos e salientaram-na como uma formidável ferramenta na construção da aprendizagem e no desenvolvimento das aptidões lingüísticas. Trabalhamos alguns slides sobre leitura e suas concepções cognitivas, metacognitivas e sociointeracionistas. Logo após trabalhamos a Atividade 3 (Processo Inferencial) e socializamos o resultado de todas. Distribuí exemplares da prova Brasil de Língua Portuguesa aplicada ao 9º ano a fim de discutirmos as competências e habilidades exigidas nas avaliações externas e a necessidade de focarmos de igual modo tais exigências nas nossas avaliações internas. Houve uma análise pormenorizada das questões e cada grupo apontou os descritores mais urgentes em cada uma delas.

À tarde continuamos a socialização das questões da prova Brasil enfocando sempre a necessidade de darmos acesso aos nossos alunos questões daquela grandeza. Propus o trabalho da leitura como atividade prazerosa com a exposição dos slides: O rir pedagógico, cujo objetivo é de trabalhar textos que trabalham a intertextualidade de forma cômica, ao mesmo tempo em que se trabalha também a diversidade de gêneros que dialogam com o contexto social. Partimos para a análise da competência escritora, vista como primazia nas metas do ensino de língua portuguesa. Refletimos se a atividade de escrever se configura como um “dom” ou como algo que é adestrado. As opiniões se dividiram, os professores relataram suas experiências no âmbito da escrita e sua relação metodológica com essa habilidade. Trabalhamos a seção 2 do TP4( O ensino da escrita como prática comunicativa) e a atividade pertinente à mesma. Socializamos e após a conclusão, reforcei as atividades a serem executadas propostas pelo próprio programa e o que trabalharíamos no próximo encontro. Dei por encerradas as atividades deste dia, passando para o pen drive dos cursistas os slides trabalhados.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MEMORIAL SOBRE A LEITURA


Minha familiaridade com a leitura deu-se muito cedo, embora com algumas concepções pouco fundadas. Sendo filha de uma alfabetizadora, fui estimulada às letras até mesmo antes de ingressar na escola. MInha mãe só nos matriculava a partir da alfabetização, uma vez que ela se incumbia, em casa, de nos ensinar as coordenações motoras e as letras, ou pseudo-letras... Ingressei na alfabetização, que pela época, revestia-se de um ensino bastante tecnicista, baseado em artifícios memorísticos e textos coreográficos munidos de excessivas repetições fonético-fonológicas, cujo objetivo era focar os sons e sua relação com a representação escrita. O método de alfabetização que me formou explorava mais a competência do que o desempenho linguístico, dicotomia muito bem explicada por Chomsky. O ensino pautava-se mais no aspecto da apropriação do código, do que na compreensão leitora. Infelizmente, não foi a escola que me serviu de mola propulsora para a leitura.
Embora tivesse em casa acesso aos gibis, os quais eram minha leitura predileta, a igreja foi que me serviu de trampolim. Comecei a frequentar a escola bíblica aos 5 anos de idade, o que me levou a ler a bíblia para responder as revistinhas que ganhávamos. Aos 10 anos já tinha lido todo o Novo Testamento, tal estudo me fez amadurecer como leitora porque tínhamos que entender as metáforas dos sermões proferidos por Jesus e pelos posteriores apóstolos e discípulos, compreender as similaridades e diversidades culturais entre nós e os povos descritos na bíblia; enfim, há uma imensidão de riqueza que subjaz a leitura bíblica. Além do livro sagrado, também li vários livros de pastores que abordavam temas polêmicos e esclareciam enunciados pouco elucidativos de passagens bíblicas. A partir daí, tive noções mais claras do que fosse um texto, contexto e pretexto. Apesar de as leituras eclesiásticas representarem maioria no meu acervo, também me interessavam outras de cunho histórico, como por exemplo: O diário de Anne Frank. Este livro marcou minha trajetória leitora, pois aguçou ainda mais minha sensibilidade para com as vítimas de uma guerra. Hoje, apesar das limitações, a escola ainda representa uma grande agência de letramento. Peca-se ao perder o caráter interlocutório desta atividade, reduzindo-a, muitas vezes, a uma atividade punitiva. É preciso estabelecer objetivos muito claros a respeito do que se pretende atingir com as leituras e seus múltiplos papéis na formação do ser social, de modo que ele possa interagir de forma ativa e efetiva nas diversas esferas em que se inserir.
Sou professora de Língua Portuguesa, licenciada em Letras pela UPE - FFPNM e especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa pela UPE - FFPNM. Atuo como Educadora de Apoio pela SEDUC - PE e estou cedida à Universidade de Pernambuco - FFPNM no exercício da docência. Através deste blog, pretendo manter um vínculo interacional principalmente com os professores cursistas que estão atuando no projeto de formação continuada: Gestar 2